quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nostalgia platônica

Traz mais uma aí chefe!!

Eu adoro a tecnologia, a liberdade, o acesso fácil a praticamente tudo e a possibilidade de conhecer o que me é velho e concatenar o que ainda está por vir!
Mas assim como os Raimundos eu também "quero saber bem mais que os meus vinte e poucos anos".
E "bem mais" vale tanto pro futuro quanto pro que já foi.
A música mundial já produziu uma infinidade de movimentos que eu sequer conheço,mas tenho certeza que os principais deles já ressoaram em minha cachola curiosa.
Não estou a léguas de distância de ser nostáligco, lembrar do que passou é fisiológico e necessário; mas também não vivo lamuriando que o que é bom já se passou e agora nada presta!
Sempre me peguei pensando em como seria ter 18...20 anos no auge do Movimento Rck Br 80's e ter ido ao que hoje chamamos de pocket shows da Blitz, da Legião, da Plebe Rude e outros...
Quem conhece sabe a devoção ao rock'n'roll que tenho, todos os tipos, mas com um olhar brilhante a essa época de efervescência da juventude burgesa pouco acomodada no fim da ditadura.
Mas nem só de pão vive o homem e nem só dos anos 80 vive a cultura, e porque não dizer o rock brasileiro.
Fui criado ouvindo Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, Yes e tantas outras pérolas internacionais, mas também tive como canções de ninar Milton Nascimento, Beto Guedes, Flavio Venturini, Sá e Guarabyra...
Meu pai, dentista de ofício e viciado em música boa me tatuou esse bom gosto singular pelo Clube da Esquina que só hoje aos 20 e poucos anos fui assimilar como fundamental aos meus ouvidos.
E fico me imaginando sentado em um bar de BH, la em 1960...70 e poucos e aparecerem uns magrelos maltrapilhos; pedirem uma cervejinha honesta e romperem violões cantando Pirão de Peixe com Pimenta, Rua Ramalhetes, Travessia, Caçador de Mim e outras Mona Lisas em acordes!
Não que eu queira ter 50 anos hoje, queria só ter 20 em 1970...dá pra ver a diferença?

Às vezes não...mas pensa bem!

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